segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bullying



Bullying, palavra de origem inglesa cada vez mais pronunciada entre os muros das escolas, consultórios de psicologia e psiquiatria. O substantivo nasceu de um adjetivo, bully, que significa valentão. Quando os valentões se multiplicam, eles viram bullies.

Podemos dizer que o bullying abrange todas as atitudes agressivas, intensionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor, angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima.Dessa forma observa-se que não se trata de algo novo, pois todas essas práticas descritas acima sempre existiram, seja na escola ou na própria família, mas só passaram a ser estudadas a pouco tempo e com o crescimento tecnológico, houve uma modernização nesse tipo de relação, pois as “zoações” foram também para o mundo virtual, que é o chamado cyberbullying. As consequências do bullying, afetam o desenvolvimento social, emocional e escolar da vítima; podendo criar uma baixa na auto estima, queda de rendimento escolar e resistência a frequentar a escola. Ao contrário do que se acredita o bullying não ocorre somente na adolescência, já foi observado que seu início começa na educação infantil e no ensino fundamental, estendendo-se até a idade adulta, onde este costuma repetir tais comportamentos com seus filhos e colegas de trabalho. É necessário estar atento aos tipos de brincadeiras e ao comportamento das crianças desde tenra idade. Os pais devem conversar com seus filhos sobre o assunto, mostrar a importância do respeito mútuo e de saber respeitar as diferenças de cada um, não incentivar atos violentos e sempre observar as razões para os comportamento apresentados.

Acredito que muitas escolas ainda estão despreparadas para enfrentar o problema com o tamanho que ele tem. A escola é o grande laboratório para crianças e jovens, pois é onde eles convivem com outros. Sem um trabalho de prevenção, o ambiente escolar se contamina e todos são afetados negativamente: as vítimas, os agressores, as testemunhas e as famílias.

Algumas pistas para identificar os agressores (segundo Profº Dan Olweus, da universidade de Bergen, na Noruega, ele é pioneiro nos estudos de bullying)
Na escola:
A criança faz brincadeiras ou gozações com os colegas diariamente.
Coloca apelidos pejorativos.
Insulta, menospreza, ridiculariza e difama sem sentir culpa.
Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga os tímidos.
Incomoda, intimida, empurra, picha, bate, dá soco, pontapé, beliscão, puxa cabelo, envolvem-se em discussões e desentendimentos.
Pegam materiais escolares, dinheiro, lanche e outros pertences dos colegas sem consentimento.
Em casa:
· Volta da escola com as roupas amarrotadas e exibe certo ar de superioridade.
· Apresenta atitude desafiante e hostil com pais e irmãos.
· Tenta exteriorizar sua autoridade sobre alguém frágil.
· Porta objetos e dinheiro sem justificar a origem.

Deseja saber mais: A revista Capricho, da editora abril, lançou em outubro de 2010 a campanha “Diga não ao Bullying” – o blog capricho.com.br/bullying já teve 1 milhão de acessos. Visite-o também.

Conteúdo do livro “Bullying- Mentes Perigosas nas escolas” – de Ana Beatriz Barbosa Silva- Ed. Objetiva

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mudanças



Nossa vida está em transformação, a cada dia, a cada minuto, ciclos vão e vem.

Muitas pessoas acreditam que para haver mudanças em suas vidas é preciso que o outro (chefe, família, amigo, etc) inicie este processo. No entanto, não é assim que funciona. Se você deseja que algo se modifique, comece por você! Afinal quando mudamos, tudo e todos que estão ao nosso redor se modificam.
O processo de mudança nem sempre é fácil e agradável, afinal sair da zona de conforto é experimentar o diferente.
Por isso, é importante que o processo de cada um seja respeitado, cada pessoa tem um tempo e dinâmicas diferentes; valorize cada degrau alcançado.
Para promover estas mudanças, é importante que o indivíduo entre em contacto consigo mesmo e perceba como se relaciona com o outro e com o meio em que vive. Observe seus pensamentos, sentimentos e crenças (positivas e negativas) e a partir daí poderá ampliar seu auto conhecimento, tendo mais consciência das escolhas que deseja fazer em sua vida.
Você já pensou nas mudanças que deseja para sua vida em 2011?

TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade




O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: 1.Desatenção e 2. Hiperatividade-impulsividade
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como a memória. São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
O Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação é parte muito importante do tratamento. A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental. O tratamento com fonoaudiólogo está recomendado nos casos onde existe simultaneamente Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia). O TDAH não é um problema de aprendizado, como a Dislexia e a Disortografia, mas as dificuldades em manter a atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos estudos. É necessário que os professores conheçam técnicas que auxiliem os alunos com TDAH a ter melhor desempenho.

Texto adaptado do site: www.tdah.org.br
(Associação Brasileira de Déficit de Atenção - ABDA)


Orientação Psicológica durante a Gestação




Uma boa orientação psicológica durante a gravidez pode ajudar a entender o turbilhão de emoções que você irá enfrentar ao longo dos meses de gestação.

Uma ocasião tão especial requer muitos cuidados. É hora de arrumar nossa casa interna para acolher este ilustre convidado: o bebê!!
O período gestacional quando desejado é recheado de alegria, mas junto com o crescimento da barriga vem as dúvidas, temores, anseios e fantasias.
A intensidade desta mistura de sentimentos em relação a situação de ter um filho varia não só de pessoa a pessoa, mas também de época ou de momento de vida que atravessamos: pode ser mais sentida na gestação ou depois do nascimento.
Nesta hora vale contar com o apoio dos amigos e familiares. É importante trocar experiências com outras grávidas, cuidar do corpo e da mente. Seu equilíbrio emocional reflete em seu bebê.
Converse, desabafe, entre em contato com seus sentimentos. Ande, nade, medite, durma mais... Tenha uma alimentação balanceada, tome florais, faça massagens e continue suas atividades. Procure estar feliz. Com a "casa interior" em ordem podemos garantir uma gestação mais saudável e um desenvolvimento posterior tanto físico quanto emocional do bebê.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ludoterapia - o brincar como elemento psicoterapeutico




Atualmente, os pais buscam o consultório na esperança de aprender lidar melhor com seus filhos.

O jogo é a linguagem natural da criança. Assim, a terapia infantil, mais comumente conhecida como ludoterapia (ludo=brincar, jogar) precisa ser feita mediante a análise dos jogos. É observando suas reações e projeções, seu diálogo com os brinquedos que podemos chegar ao âmago do problema da criança que sofre.

Numa orientação psicológica para crianças, temos como recursos de avaliação vários procedimentos e testes de apoio, mas a observação psicológica do brincar é muito valiosa perante todo contexto apresentado por esta.

A criança que não brinca está doente, física e/ou psiquicamente, então é fundamental procurar o motivo do seu desajustamento. Nenhum caminho, entretanto, será mais curto para devolvê-la a saúde do que propiciar-lhe todas as oportunidades para que inicie o jogo, "seu jogo" que significa para ela "a correção da realidade insatisfatória". O próprio adulto quando a realidade é demasiado dolorosa ou difícil de ser superada tende para a fantasia e sonha acordado. A criança, quando brinca é como se sonhasse - modifica a realidade ou repete os fatos dolorosos a fim de poder libertar-se de tensões ou pressões intensas. Esse tipo de jogo tem um sentido vital e um valor fundamental a readaptação no plano real.

Ao brincar ou jogar a criança projeta seus sentimentos, mágoas, hostilidades e preocupações e com ajuda profissional começa entender e elaborar de maneira melhor estas emoções. É o momento de "jogar para fora" tudo o que está guardado e assim libertar-se.

Dez mandamentos para bons relacionamentos







  • Dedico este texto a todos os casais e famílias que compartilharam comigo momentos de reflexão e crescimento pessoal durante meus atendimentos clínicos. Abraços a todos...
  • Antes de achar-se uma pessoa incompreendida, tente compreender aqueles que estão a sua volta.
  • Nunca deixe de ser verdadeiro consigo mesmo.
  • As pessoas anseiam por reconhecimento. Se você optar por ver o lado positivo delas e as elogiar quando for adequado, elas se sentirão lisonjeadas e você também sairá ganhando com isso.
  • Um relacionamento é como um pregão da bolsa: tanto pode estar em alta como em baixa. É ilusão achar que pode ser estável o tempo todo. Po isso, vale a pena se reciclar sempre, para manter a "eletricidade" da relação.

  • Os relacionamentos são uma via de mão dupla: para conviverem bem, as duas partes têm de ceder em alguns momentos. Um meio-caminho para um fim de uma relação a dois é quando só um dos parceiros impôe sua vontade.

  • Quando sentimentos negativos são reprimidos, sentimentos positivos ficam reprimidos também, e isso pode causar indiferença colocando tudo a perder.

  • Lembre-se sempre que homens e mulheres são seres com profundas diferenças no modo de pensar e agir. Procure observar o outro para saber interpretar os sinais emitidos por ele.

  • Os pais dão cada vez mais autonomia aos filhos, mas é preciso ensiná-los a assumir as responsabilidades que decorrem desta liberdade.Ex: Delegando-lhes tarefas na administração da casa.

  • Um bom pai não é necessariamente aquele que convive com os filhos o tempo inteiro, e sim aquele que não se faz ausente nos momentos críticos. Uma boa metáfora é que os filhos são como carros de corrida, e os pais uma espécie de pit stop onde eles se abastessem.

  • Dizer as pessoas que elas estão erradas é uma ótima maneira de conquistar inimigos. Admitir que você está errado pode ser uma boa maneira de começar uma amizade.

Conselhos estraídos dos Livros Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus, de John Gray; Disciplina, limite na medida certa, de Içami Tiba; Limites sem Trauma, de Tania Zagury; Decifrar pessoas, de Jo-Ellan DImitrius; Faça amigos, de Andrew Matthews e Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A arte de dizer "não" aos filhos



Porque é tão difícil dizer NÃO aos filhos
no mundo de hoje?

Um dos fatores é a falta de tempo. Vivemos uma época em que os pais trabalham muito. De fato, o tempo para a criação dos filhos diminuiu, mas o prejuízo maior disso é a culpa que os pais sentem e a forma que tentam compensar.
Na tentativa de suprirem a falta na vida dos filhos, alguns pais assumem uma postura omissa ao impor limites e corrigir comportamentos inadequados. É comum os pais chegarem ao consultório com pensamentos como: “Mas eu quase não fico com ele. Quando tenho oportunidade, quero fazer tudo para ele!”
Procure lembrar que não é a quantidade que fará a diferença, mas sim a qualidade. Essa qualidade pode ser adquirida de forma simples no cotidiano, seja numa refeição em família, jogando bola juntos, vendo um filme que a criança gosta ou enchê-las de palavras de incentivo. Enfim, aproveitar o tempo em que está com a criança para gerar boas lembranças no futuro.
Ter momentos de qualidade com os filhos inclui também o dizer “não” com coerência. A criança precisa de alguém para norteá-la sobre o que é certo ou errado e ninguém melhor que os pais para fazer isso. Ter coerência significa dizer não quando necessário seguido de uma explicação compreensível para a criança, ou seja, porque ela não deve se comportar dessa maneira.
Ser capaz de transmitir valores pessoais, afetivos e sociais, impondo limites consistentes, é o maior desafio dos pais. É um treino diário e um processo de aprendizagem mútuo. Requer observação das necessidades da criança, que mudarão ao longo de seu desenvolvimento, provocando mudanças na tarefa de educar. É um processo dinâmico que requer muita paciência, coragem e amor.