quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Exercício de Autoconfiança





Autoconfiança em termos simples significa confiança em si mesmo. Para inspirar confiança aos outros, é necessário aprender a ter confiança em si.O desenvolvimento da autoconfiança começa na infância. Uma educação super protetora ou autoritária dada pelos pais pode resultar em filhos inseguros e despreparados para assumir responsabilidades. Pais que permitem que as crianças expressem suas próprias opiniões e desejos estimulam o desenvolvimento da capacidade de decidir com confiança.
Cultivar autoconfiança deve ser um exercício constante, buscando vencer os medos e superar as fragilidades. Para tanto, a auto-estima exerce uma influência fundamental. Gostar de si mesmo, acreditar que pode e que é tão inteligente e competente quanto os outros é essencial para o êxito.
No entanto, a autoconfiança é extremamente volátil. No decorrer da vida, nossas experiências vão arquivando monstros imaginários em nossa mente e podem miná-la. Rejeições, perdas, conflitos, crises e erros podem mudar a nossa vida de acordo com a maneira que as enfrentamos. Há pessoas que não se levantaram mais depois de alguma derrota. Outras perderam a esperança depois de sofrerem perdas.
Pessoas de sucesso, autoconfiantes, não são pessoas privilegiadas, tampouco possuem características genéticas superiores. A verdade é que a maioria das pessoas ainda não aprendeu os segredos para usar a mente de forma positiva e útil, apenas de uma forma negativa e destrutiva.
Ficamos dependentes de coisas e pessoas para nos sentir bem. E isso gera uma vida de frustração, pois nunca estamos felizes com nossa própria imagem. Sempre queremos mais e mais. Mas felizmente existe uma forma de mudarmos isso. Através do uso de estratégias psicológicas, podemos reprogramar nossa mente, mudando drasticamente a forma de pensar e agir.
Como fazer este treinamento? O primeiro passo é estar disposto a correr riscos. Errar em alguma decisão é inevitável, mas ao passo que assumimos o direito de decidir, vamos corrigindo as nossas rotas e adquirindo autoconfiança.
A tomada de decisão, como qualquer outra técnica que você queira aperfeiçoar, melhora na medida em que a pratica com mais freqüência. Quanto mais decisões você toma, mais percebe que está de fato no controle da sua vida. Você se sentirá tão ansioso para se defrontar com os desafios futuros, que verá como uma oportunidade para estabelecer novas distinções e passar sua vida para o nível seguinte.
Outra medida importante é não se submeter aos sentimentos derrotistas. Lutar pelos seus objetivos nem sempre será uma tarefa fácil, mas com perseverança é possível alcançá-los. Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.
Quem confia em si mesmo, não desiste dos seus projetos, muito pelo contrário, contagia outros a acreditar neles.
Em suma, a autoconfiança é necessária em tudo que fazemos. Na profissão, nos relacionamentos ou em qualquer outra situação nada nos motivará melhor que a nossa própria convicção de que podemos ser ou fazer algo.
Esteja sempre motivado para ser aquilo que desejas ser em tua vida.

Crises da adolescência






Seu filho vai mal na escola, não faz a lições e é completamente desinteresado?
Então vamos começar nossa conversa discutindo um pouco sobre esse momento da vida dele que é o início da adolescência e a entrada na puberdade
.
Nessa faixa etária, as mudanças que ocorrem na criança podem perturbar seu desempenho intelectual e os fracassos escolares não são raros: recusa em estudar e queda do rendimento escolar estão freqüentemente associados a essas mudanças. Escuto muito queixas como essas, de pais de adolescentes: "Meu filho mudou. Ele que era tão bonzinho, tornou-se agressivo, não quer ouvir nada, contesta tudo, acha que sempre tem razão".
Esta fase é um momento crítico em que a criança sai da infância para entrar no mundo adulto e isso significa que deverá, de agora em diante, dirigir a sua vida, falar em seu próprio nome e fazer escolhas sexuais. É a famosa crise da adolescência, fonte de conflito e sofrimento tanto para os pais quanto para o próprio adolescente.
De onde vem a crise da adolescência?
A entrada na adolescência é um momento de separação: é a renúncia à segurança da infância e seu ambiente protetor. A criança não pode mais recuar diante da incontestável evidência da maturação sexual. Ter uma profissão, trabalhar, ter sucesso. É preciso crescer e tornar-se adulto, mas o desejo de ir em frente e o medo do desconhecido se misturam. Essa contradição entre o desejo de se afastar da família, de se tornar independente e autônomo, e o desejo de ficar sob sua proteção gera conflito e angústia e é difícil de ser vivida pelo adolescente. Suas atitudes tornam essa contradição clara: ora brinca ou esperneia como uma criança, ora reivindica o direito de dirigir. Esse medo é à base da crise da adolescência.
O desejo de se afirmar faz o jovem reivindicar sua liberdade, mas se os pais o deixam ele fazer tudo sem colocar limites, queixa-se de que não o levam em consideração e que não se interessam pelo que lhe acontece.
Para nós, pais, o momento não é menos difícil e compreender a razão das mudanças de nosso filho não nos ajuda a resolver a situação, mas pode aliviar o sofrimento. O jovem pede liberdade, mas ao mesmo tempo deseja que os pais imponham limites, por mais paradoxal que isso possa parecer. Ele se queixa dos limites, mas a severidade lhe dá segurança e, principalmente, permite a contestação, a revolta e a auto-afirmação. Nessa idade, nada é pior do que pais bonzinhos, complacentes e permissivos que não se possa contrariar nem atacar!
Você deve estar se perguntando: "Mas então nós temos que ser um escudo para os seus conflitos?". Eu lhe digo que sim. Mais do que um escudo, um porto seguro. Façam o que acham certo, cobrem o que acham que devam cobrar, sustentem suas palavras e agüentem as pancadas. O que importa é que ele esteja seguro do amor de vocês e que vocês não tenham medo de perder o seu amor. Não se preocupem, também, em reduzir a distância que se abriu entre vocês. Nós, pais, sempre achamos que nós é que não conseguimos nos aproximar, quando são eles mesmos que colocam essa distância. Nesse momento, o jovem está tentado construir a sua própria intimidade e tem horror a trocas demasiadamente pessoais. Ele não passa horas trancado no quarto sem dar sinal de vida? Chega da rua e vai direto para o quarto como se não houvesse ninguém em casa? Isso nos irrita e, principalmente, nos angustia porque nos põe em contato com a nossa impotência. Nos faz pensar que somos incapazes de nos aproximar de nosso filho adolescente. Entenda que o que ele quer dizer é isso: "Compreendam-me sem entender, não façam perguntas, mas respondam-me todas que eu fizer e não me peçam nada".
Outra angústia que muitos adolescentes conhecem é freqüentemente responsável pelo desinteresse súbito pelos estudos. Para se afirmar é necessário ir contra alguma coisa. O adolescente tenta romper com o passado, particularmente com os valores nos quais acreditou até então, os valores de sua família e de seu meio social – a inteligência, os estudos e o sucesso passam a ser negados. Nós nos surpreendemos porque não percebemos que é o nosso desejo que está sendo frustrado: nosso filho está tentando sonhar com outra coisa. Assim, nessa idade, o fracasso escolar pode ser tomado como uma atitude de oposição e de revolta, como qualquer outra do adolescente.
O que fazer então?
Infelizmente, não há receitas nem fórmulas mágicas como nós gostaríamos que houvesse. Lições de moral e conselhos não são necessários porque ele já os conhece. Sustentar as regras e os limites é importante e tentar dialogar o máximo possível. Quanto aos estudos, é importante garantir que ele produza pelo menos o mínimo para não perder o ano, sem fazer disso um campo de batalha.
Talvez a idéia de por alguém para estudar com ele diariamente pode funcionar, principalmente se for uma pessoa sensível aos problemas próprios da adolescência e que possa estabelecer com ele uma relação que não o ameace.